O Homem Mais Perigoso da America



Data de lançamento: 2009
País: Canada
Direção: Judith Ehrlich e Rick Goldsmith
Produção: Kovno Communication e InSight Productions

Participam no filme


Bud Krogh

Daniel Ellsberg
Hedrick Smith
John Dean
Max Frankel
Patricia Ellsberg
Tony Russo

Pôsteres



Opinião

Um gesto que marcou a história americana e do resto do mundo. Mas principalmente para os americanos que, até aquele momento, cultuavam um sentimento de missão (sacramental), pureza e coragem diante dos desafios de uma guerra. Depois dos acontecimentos deflagrados esse sentimento nunca mais seria o mesmo.

A guerra do Vietnã se arrastava. No Pentágono o jovem Daniel Ellsberg exercia a função de estrategista da guerra. Dedicado, cumpria seu papel. Orgulhava-se de poder servir ao seu país, embalado pelo sentimento patriótico e inerente à todo jovem americano. E o jovem Ellsberg era considerado um gênio na sua área e gozava de reconhecimento e prestígio. Mas isso iria mudar.

Era o ano de 1969 quando Daniel Ellsberg - "o homem mais perigoso da América", título cunhado por Henry Kissinger mais tarde - resolve fazer cópias de documentos altamente secretos do Pentágono. Convencido de que os motivos apresentados por sucessivos governos para justificar a guerra baseavam-se em mentiras estava decidido a desmascarar a farsa. De posse de mais de sete mil documentos os envia à imprensa, que de início titubeia. Então, no ano de 1971 o The New York Tames publica os documentos e escandaliza a opinião pública, até aquele momento desavisada das reais motivações políticas envolvendo o conflito.

Funcionando como combustível para as manifestações que já aconteciam contra a continuidade da guerra, o governo americano se viu encurralado e obrigado a dar explicações. Confiança e ingenuidade quebradas nunca mais se restabeleceram. De fato, o evento desencantou a nação americana e precipitou a retirada dos soldados do conflito.
Pouco tempo depois tais fatos ainda fariam pressão sobre Richard Nixon e o escândalo de Watergate.

O filme é construído, muito competentemente, pela decoupagem de imagens e depoimentos da época dos acontecimentos e atuais à sua realização. Numa dinâmica que preserva a cronologia dos fatos os diretores Judith Ehrlich e Rick Goldsmith nos envolve num clima de espionagem e contracultura, muito vigente à época.
No momento em que o mundo se depara com notícias de crimes de guerra praticados pelo governo americano, vazados de arquivos secretos, O Homem Mais Perigoso da América ganha fôlego extra e é um filme necessário.



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